quarta-feira, 14 de abril de 2010

rotina

Hoje percebi que foste tu que eu chamei quando estava mal. Hoje reparei que era contigo que queria estar quando me sentia sozinha. Entendi que era contigo que tudo parecia perfeito. Por isso chamava-te. Mandava-te uma mensagem para vires, mas desejava ainda mais que me mandasses uma primeiro. Eu queria sentir que tu sabias que eu precisava de ti. Tu sabias, eu sei. Quando te pedia para ficares, de forma exagerada, tu estranhavas, tu sentiste o meu medo em te perder, mais do que nunca, tu percebeste o quando estou ligada a ti. Entrámos por sítios nunca antes conhecidos. Encarámos situações que nunca tínhamos vivido. Percebi o quanto somos diferentes depois de todo este tempo, mas vi o quanto aceitamos a nossa diferença. Estiveste mais do que antes e foi tão bom quebrar o hábito, mesmo depois de tudo. Foi bom olhar-te nos olhos como nunca te tinha olhado. Dissemos pouco do que sentimos, mas eu decifrei para mim todos os teus gestos, entendi-os à minha maneira. Quando me dizias que não podias, eu chorava e ia mais abaixo do que estava, mas não largava o telemóvel, esperava sempre a tua mensagem, porque no fundo, tu sabias que eu precisava de ti. Desculpa por te ter prendido como nunca. Agora tudo está a voltar à normalidade, a rotina da mensagem fugaz e as visitas semanais. Tudo começa a ficar como antes, mas sabes, ao menos agora sei que apesar de tudo vou sofrer com a tua falta, mesmo que pense que não e nem repare nisso. Resta-nos o hábito, mas tenho saudades tuas.

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