sexta-feira, 23 de abril de 2010

better in time

Já decidi que não vou viver dependente de ti. Para mim as coisas mudaram, ou têm de mudar. Não estou a forçar nada. Tal como tu, não vou fazer disto uma prioridade. Na verdade cada vez mais sinto que me afastas de ti, mas se é isso que queres podias dizer, teria de aceitar. Assim vais conseguindo-o aos poucos. Eu digo-te como me sinto e peço-te que te lembres de mim, mas tu esqueceste até disso. Como te disse, eu não posso fazer muito mais. Agora sei que não posso continuar a fazer de ti a minha vida. És só um ponto de todas as linhas que traço para ela. Agora vou viver. Por mim, vou me libertar. Tenho o coração apertado.



“See some how I can't forget you
After all that we've been through
If you didn't notice you mean everything
Quickly I'm learning to love again
All that I know is I'm gon' be OK
Thought I couldn't live with out you

It's gonna hurt when it heals too.
it'll all get better in time
Even though I really love you
I'm gonna smile 'cause I deserve to
it'll all get better in time"

quarta-feira, 14 de abril de 2010

rotina

Hoje percebi que foste tu que eu chamei quando estava mal. Hoje reparei que era contigo que queria estar quando me sentia sozinha. Entendi que era contigo que tudo parecia perfeito. Por isso chamava-te. Mandava-te uma mensagem para vires, mas desejava ainda mais que me mandasses uma primeiro. Eu queria sentir que tu sabias que eu precisava de ti. Tu sabias, eu sei. Quando te pedia para ficares, de forma exagerada, tu estranhavas, tu sentiste o meu medo em te perder, mais do que nunca, tu percebeste o quando estou ligada a ti. Entrámos por sítios nunca antes conhecidos. Encarámos situações que nunca tínhamos vivido. Percebi o quanto somos diferentes depois de todo este tempo, mas vi o quanto aceitamos a nossa diferença. Estiveste mais do que antes e foi tão bom quebrar o hábito, mesmo depois de tudo. Foi bom olhar-te nos olhos como nunca te tinha olhado. Dissemos pouco do que sentimos, mas eu decifrei para mim todos os teus gestos, entendi-os à minha maneira. Quando me dizias que não podias, eu chorava e ia mais abaixo do que estava, mas não largava o telemóvel, esperava sempre a tua mensagem, porque no fundo, tu sabias que eu precisava de ti. Desculpa por te ter prendido como nunca. Agora tudo está a voltar à normalidade, a rotina da mensagem fugaz e as visitas semanais. Tudo começa a ficar como antes, mas sabes, ao menos agora sei que apesar de tudo vou sofrer com a tua falta, mesmo que pense que não e nem repare nisso. Resta-nos o hábito, mas tenho saudades tuas.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

sufoco


Desde que chegaste que me matas-te por dentro. Não sinto quem sou, já nem consigo sorrir. Tiraste-me tudo. Já não sei se é melhor ter-te ou não. Não sei se é melhor quando estás ou não estás. Pensava que ia ser mais fácil, que ia resistir a todos os erros, que ia passar a perna e não tropeçar. Mas tropecei. Estou caída no chão, tu pisas-me, continuas a correr. Não me ajudas. Não consegues sentir o que sinto, talvez porque me sinto vazia. No princípio as coisas eram boas, depois suportava-se, agora está-me a sufocar. Cada dia me sufoca mais. Um dia não resisto. Nunca pensei precisar tanto de ti. Agora fico atenta a tudo, oiço o teu respirar quando estás ao meu lado, sinto a tua mão na minha, sinto o teu cheiro na almofada, e quando vais, eu choro, choro e recordo tudo isso. Estás-me a fazer mal e ainda não reparaste. Só queria mudar. Lembras-te do que me disseste? “Este ano vamos mudar!”.